Pouco me importa
Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano; de fato, nem eu julgo a mim mesmo. Embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o Senhor é quem me julga (I Coríntios 4:3-4). Tem gente que tem medo de ter esperança e que até diz: “se eu não esperar coisas boas, não me decepcionarei se nada acontecer”. Lamentavelmente não são poucas as pessoas que pensam assim. São movidas pelo negativismo, pessimistas ao olhar para a vida. Estão sempre esperando por más notícias, têm medo de tentar, de experimentarem coisas novas; desejam mudanças, mas, por medo delas, aceitam viver sem as mesmas. São dominadas por temores tornando-se pessoas inseguras, complexadas, que necessitam da aprovação das pessoas. Quando são julgadas ou criticadas ficam extremamente abaladas, lidam muito mal com a reprovação em alguma coisa. São capazes de abrir mão de algo que querem muito, para ter a aprovação de alguém. Não conseguem ter firmeza na personalidade e isso as faz sentirem-se muito frustradas, vazias e infelizes e cada vez mais incapazes de reagir. O espírito da derrota vai assumindo o controle e o sentimento de fracasso passa a reinar na vida da pessoa. Se Paulo tivesse buscado aprovação não teria levado o Evangelho para o mundo, porque quando ele teve essa ideia, ela não foi vista com bons olhos. Mas, ele acreditou e encarou o desafio, não se importou com as opiniões contrárias e foi muito bem sucedido. Quando aquela mulher derramou um perfume muito caro em Jesus, os primeiros a criticarem foram os discípulos, emitindo a opinião de que aquilo era um desperdício e que teria sido melhor vendê-lo e dar o dinheiro aos pobres. Os discípulos foram contrários, porém Jesus foi a favor da atitude dela e disse que os pobres sempre estariam ali, ou seja, sempre haveriam pobres para serem ajudados, mas Ele nem sempre estaria. Certamente, se ela tivesse pedido conselho a alguém, teria obtido as mesmas palavras ditas pelos discípulos. Temos que enxergar o espírito que a movia. Ela acreditou na sua ideia, arriscou, mostrou ousadia e coragem, fez algo que ninguém tinha feito antes, investiu o melhor que ela tinha em Jesus. Isso mostra que ela saiu do meio da multidão, todos pensavam iguais e ela pensou diferente, agiu diferente e o Senhor a admirou por isso. Ele deixou bem claro que no mundo inteiro onde o Evangelho fosse pregado essa história seria contada. Em busca da aprovação de pessoas e com neces- sidade maligna de agradá-las, inúmeras pessoas têm deixado de viver suas vidas livremente, pois estes tipos de sentimento as escravizam. A Bíblia diz em Gálatas 5:1 que “foi para a liberdade que Cristo nos libertou e não devemos voltar a ser escravos”. É muito ousada a colocação de Paulo ao dizer que pouco se importa em ser julgado, mostra a sua segurança, que não tinha medo de tomar decisões e as críticas não o incomodavam. Ele sabia quem era em Deus. Inclusive foi ele quem disse que sabia estar contente em toda e qualquer situação. Paulo acreditava nas suas ideias, tinha firmeza na personalidade, não era guiado por “achologia”, mas por convicções. Ele mesmo disse que tinha a cons- ciência em paz com Deus e com os homens. Isso mostra que não era uma pessoa guiada pelo que pensa a maioria, como muitos são, mas estava firmado na certeza de que estava fazendo a coisa certa em Deus. Isso nos ensina muito porque não foram poucas as vezes que Paulo viveu situações que teria sido mais fácil se ele tivesse mudado de idéia, mas ele estava sempre caminhando determinado em direção àquilo que acreditava. Por isso fez história e nos deixou o exemplo de vencedor. Paulo tinha o vício de agradar a Deus, ao contrá-rio de muitos que são dominados pelo vício e Pouco me importacovardia de agradar ao mundo e às pessoas. Quando ele diz: “pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano”, e diz que de fato, “ nem eu julgo a mim mesmo”. E ainda diz mais: “quem me julga é Deus”. Ele deixa claro que sabe bem o que quer e o que está fazendo, e que o que importa é ser aprovado por Deus. Eu vejo Paulo deixando claro que ele estava dando seu melhor e ainda que alguém não estivesse gostando e até mesmo aceitando, aquele era ele, o que estava realizando era o melhor e sabia que estava agradando a Deus. Seu exemplo deve ser seguido por cada um de nós. Acredite em você, não tenha medo de fazer suas escolhas e tomar suas decisões. Deus espera atitude de você. O Espírito que Deus nos deu foi de fortaleza e não de covardia. Deus não espera que você se entregue à estagnação, ao conformismo e ao comodismo, mas que você coloque em prática uma fé viva e trabalhe pela realização dos seus sonhos desenvolvendo ideias e projetos. Desde que Deus fez o homem, ele nunca trabalhou sozinho, então aja e reaja, siga em frente, Deus espera isso de você. Tem uma frase comumente usada pelas pessoas e que é verdadeira: Jesus não agradou a todos. Não somos e nunca seremos unanimidade. Por isso não podemos parar nossas vidas quando somos julgados, criticados, injuriados ou quando fazem pouco caso de nossas ideias e sonhos, nos rejeitam e até desprezam. Jesus não foi à cruz para nos entregarmos a sentimentos tão medíocres co- mo esses. A Bíblia diz que as pessoas julgam as outras por aquilo que elas são. Se elas são mesquinhas, egoístas e vazias e suas opiniões pesam sobre nós, estamos nos entregando ao mesmo espírito. Levante-se com poder agora. Deus te deu um espírito de vencedor, portanto, tome posse do espírito da vitória. A opinião de Deus sobre você é que você pode todas as coisas porque Ele te fortalece e que em tudo sempre será mais que vencedor. A benção do Senhor está sobre você, eu acredito nisso. Pense como Paulo: a opinião de Deus é a que deve prevalecer, o que Deus pensa é que tem peso. Daqui para frente, faça isso ser uma verdade na sua vida: pouco me importa o que pensam de mim. Amém.
PASTOR LAERTE BRITO
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