Quando o Todo-Poderoso chamou Abraão e lhe fez sete promessas, na verdade, Ele estava lhe delegando a plenitude de Sua autoridade aqui na Terra. O Senhor ratificou a mesma promessa nas seguintes palavras: “…Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10.10). Naquela oportunidade, o Senhor disse a Abraão: “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;…” (Gênesis 12.2).
Isto significa dizer o seguinte: quem estiver do seu lado estará do Meu e quem estiver contra você estará contra Mim. Ou seja: a partir daquele momento, Abraão tornou-se a autoridade de Deus aqui na Terra; e Isaque, filho da promessa. Portanto, seu primogênito herdou esta autoridade e a delegou a seu filho Jacó.
O episódio de transferência desta bênção foi marcado por mentiras, enganos, lágrimas, violenta comoção e profundo amargor, já que havia uma disputa ferrenha pelo direito à primogenitura entre Esaú e Jacó. Rebeca incitou Jacó a usar da mentira para se passar por Esaú, enganar seu pai e assim usurpar o direito da primogenitura. Imediatamente após tomar conhecimento que tinha abençoado “a pessoa errada”, Isaque estremeceu de violenta comoção e respondeu a Esaú: “…Quem é, pois, aquele que apanhou a caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que viesses, e o abençoei, e ele será abençoado.” (Gênesis 27.33).
Mesmo tendo sido enganado, Isaque não pôde voltar atrás com a bênção determinada a Jacó. A dor profunda de Esaú bem como a violenta comoção sentida pelo pai não foram suficientes para se voltar atrás e invalidar a bênção. Mesmo tendo Esaú suplicado em meio a lágrimas, o pai não pôde atendê-lo! A bênção proferida pela palavra do ungido de Deus não poderia ser invalidada.
Esaú sabia disso! Daí a sua insistência duas vezes: “…Acaso tens uma única bênção, meu pai?…” (Gênesis 27.38). E todas as bênçãos determinadas para Esaú vieram contrariamente para Jacó.
A Jacó coube:1- “Deus te dê do orvalho do céu,2- e da exuberância da terra,3- e fartura de trigo4- e de mosto.5- Sirvam-te povos,6- e nações te reverenciem;7- sê senhor de teus irmãos,8- e os filhos de tua mãe se encurvem a ti;9- maldito seja o que te amaldiçoar,10- e abençoado o que te abençoar.” (Gênesis 27.28,29)
A Esaú coube:1- “Longe dos lugares férteis da terra será a tua habitação,2- e sem orvalho que cai do alto.3- Viverás da tua espada4- e servirás a teu irmão;5- quando, porém, te libertares, sacudirás o seu jugo da tua cerviz.” (Gênesis 27.39,40)
Ao que mais devemos prestar atenção neste episódio não são os direitos econômicos adquiridos com a primogenitura, mas a palavra de fé determinada de Isaque para Jacó. E esta é justamente a ferramenta que os verdadeiros servos de Deus passam ao povo; quem crê verá a glória de Deus, mas quem não crê ficará a ver navios…
Aprendemos que se a palavra do homem de Deus não podia ser invalidada mesmo sendo pronunciada a um enganador, quanto mais a Palavra de Deus para os lavados no sangue do Senhor Jesus! PR LAERTE BRITO

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